Maculelê, bate-lata, rumba, tambor, capoeira, berimbau, samba de umbigada, canto. Sábado, Dia da Consciência Negra, o No Fio da Navalha celebrou a resistência negra contra a escravidão de mais de um século do Quilombo dos Palmares com um tiquin de cada herança do nossos ancestrais.E com certeza com um ticão de energia e força da Serra da Barriga, em Pernambuco, que durante os séculos XVI e XVII fez manter este símbolo de luta negra no Brasil.
O filme de Cacá Diegues, Quilombo, abriu o dia e ajudou a entender melhor nossa história, aquela que não esta nos livros da escola, para a mulecada grande e pequena entender a tradição da dança da capoeira antes mesmo Pastinha e Bimba.
Depois bancos na rua, portões abertos a galera toda do grupo e da comunidade do Sacadura se reuniu para assistir o grupo Lata de Ouro. Os meninos e meninas do bairro sacudiram a preguiça do escurinho do cinema com um batuque maroto dos instrumentos de sucata.O projeto acontece graças a perseverança do puxador Buias, idealizador, e fica no Centro Comunitário Sacadura Cabral através da ONG Ação Cidadã Estrela D'Alva, que também possui a oficina de capoeira contemporânea da professora Meire e pelo professor Ganga.
O grupo se juntou com o No Fio da Navalha para conhecer um pouco de rumba, um ritmo dos nossos manos cubanos, com a levada do pessoal da Rede Cultural Beija-Flor, que fica em Diadema, Eldorado.A roda ficou maior ainda para a turma toda sentar com a gente e vadiar uma capoeira. A mandinga se estendeu pela noite toda e ficou ainda mais forte com os ensinamentos do Mestre Moreno e do Mestre Branco, jovens macacos velhos da capoeira angola.
Para não perder o costume e aproveitar a energia da capoeiragem, o dia do aniversário da morte de Zumbi de 315 anos acabou, pra variar na madrugada de domingo, com samba de roda daqueles com vinho e “meninas e meninos roxos”.
Parece que num ‘jogo’ só o sábado acabou com mais um dia do eterno Quilombo. Iluminado, com certeza, pelos nossos líderes, Ganga Zumba, Zumbi, Caierê e por toda a populacão dos Palmares.Renovados, outra semana começou para continuarmos a luta pela nossa consciência negra a cada minuto.
"Mãe-África engravidou em Angola(Paulo César Pinheiro)
Partiu de Luanda e de Benguela
Chegou e pariu a capoeira
No chão do Brasil, verde-e-amarela
É de Angola,
Camará, que veio essa cantiga,
De Luanda,
É jogo, é uma dança, é uma briga
De Benguela,
No Quilombo da Serra da Barriga,
De Aruanda,
Capoeira chegou com a caravela.
É de Angola,
O meu corpo é de pingo-de-riga
De Luanda,
De maneira-de-lei é minha figa
De Benguela,
Sou aluno da capoeira antiga
De Aruanda,
Ganga-Zumba é que é meu sentinela.
É de Angola,
Mangangá nunca foi nem é de intriga,
de Luanda,
E esse sangue africano é minha liga,
De Benguela,
Capoeira que é bom ninguém instiga,
De Aruanda,
Se instigar vai provar o veneno dela."
Para fechar o mês da consciência negra, vamos participar do 1 Simpósio de Capoeira de São Bernardo do Campo com uma oficina de Samba de Roda, só chegar para satear!
Para saber mais sobre o evento é só acessar www.saobernardo.sp.gov.br


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Quando se tem sede, deve-se buscar o que beber, e não há nada mais revigorante que beber diretamente na fonte. Foi com esse pensamento que um dos alunos de contra-mestre Cenorinha viajou até a Bahia para sentir o axé do povo, dos lugares e dos mestres e mestras da cultura popular afro-brasileira.







ndo estripulias e brincadeiras com os presentes. Existe uma segunda versão para o surgimento das Caretas, que diz que tendo um escravo fugido graças as disfarce, a comunidade passou a imitá-lo nos anos seguintes.
Axé Bahia!



Além de Capoeira Angola e Samba de Roda, o sarau também contou com diversas aprese
ntações, entre leituras de poesias, correio elegante, bandas. Um domingo positivo, gostoso, tranquilo e divertido. 
O inverno est


Mudando do passado para o futuro. Nossa próxima roda será dia 26 de junho, e no mês de Julho, haverá algumas alterações no calendário de rodas devido a comemoração dos 25 anos do Centro Cultural Nagô Capoeira Angola, de Mestre Moreno, que acontecerá no dia 24 de Julho, dia em que teríamos roda. Portanto, o calendário de Julho fica assim: sábado dia 10 tem roda com uma apresentação de tambor de criola (mais adiante passaremos mais informações), e depois, a roda que seria no dia 24 foi transferida para a semana seguinte, dia 31 de julho. Daí em diante, segue o calendário com rodas sábado sim, sábado não, sendo as rodas do mês de Agosto nos dias 14 e 28.
E para variar um pouquinho, além das fotos de registro, este post vêm algumas foto-arte...


No Brasil, até a era Vargas (1930-1945) a data do 1º de Maio possuía o mesmo caráter de Luta que havia em todo mundo, fato muito i

Como homenagem, aí segue uma poesía abolicionista de CASTRO ALVES.
Março é o mês de aniversário do No Fio 



A roda do dia 20 além de clima de comemoração foi também de homenagens a Mestre Carapau, falecido na semana anterior. Carapau foi o primeiro mestre de Cenorinha, quem introduziu-o na Capoeira, fund
